Entra em operação o maior acelerador de partículas já criado pelo homem


Filhos de Deus, rezai, pois hoje começou a funcionar o maior acelerador de partículas do planeta e não faltam profetas do apocalípse que encontrem neste fato um claro sinal do fim do mundo. Cruz, credo!O maior acelerador de partículas criado pelo homem vai permitir recriar os primeiros momentos do universo, podendo mudar todos os conceitos que temos acerca da criação do mundo.O Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), na Suíça, que desenvolveu este projeto gigantesco com um custo total da ordem dos oito bilhões de euros, espera que o Large Hadron Collider (LHC) responda às grandes questões que há dezenas de anos movimentam o mundo da física das partículas.O funcionamento do LHC permitirá chegar a descobertas que "mudarão profundamente a nossa visão do universo, particularmente a sua Criação", afirma o director do CERN, Robert Ay- mar. O grande projecto, que o CERN garante ser seguro, permite recriar as condições que prevaleceram no universo nos milésimos de segundo que se seguiram imediatamente ao Big Bang, processo em que serão geradas temperaturas 100 mil vezes mais elevadas que as do centro do sol.Encontrar o instável 'boson de Higgs', a chamada partícula de Deus, porque muitos investigadores a estudaram mas ninguém a viu, é outro dos objectivos. Neste caso, o CERN está a tentar chegar ao Higgs antes dos norte-americanos do Fermilab, um laboratório de Chicago.O LHC pretende, ainda, explorar a superssimetria, conceito que permite explicar uma das descobertas mais estranhas dos últimos anos, a de que a matéria visível só representa 4% do universo. A matéria negra e a energia negra (73%) partilham o resto. Por fim, permitirá estudar o mistério da matéria e da antimatéria. Quando a energia se transforma em matéria produz, aos pares, uma partícula e o seu reflexo, uma antipartícula de carga eléctrica oposta. Conhecido este procedimento, a lógica seria a de que a matéria e a anti-matéria existissem no universo em quantidades iguais - o mistério é que, na realidade, a antimatéria é rara.Ainda lembramos que, desde 1932, com Dirac (qualquer hora escrevo um artigo sobre este cientista) ,sabemos que, teoricamente, o encontro de partículas de matéria e antimatéria libera uma grande quantidade de energia enquanto as partículas se aniquilam profundamente.

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